terça-feira, 13 de agosto de 2013

QUEM SOMOS NÓS...

Alunas do Curso de Licenciatura Plena em Biologia do IFRN- Campus Macau:

Andréa Peixoto


Bruna de Souza

Iara Miranda

Josenaide Isabel

Shefma Andreza


Sejam bem vindos!


GIARDÍASE

  Classificação
- Filo: Sarcomastigophora
- Classe: Zoomastigophorea
- Ordem: Diplomonadida
- Família: Hexamitidae
- Gênero: Giardia

- Espécie: G. lamblia

  Protozoário
Causada pelo protozoário Giardialamella.



Ciclo evolutivo
A infecção ocorre pela ingestão de cistos em água ou alimentos contaminados. No intestino delgado, os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de sucção. A formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes (forma infectante). No ambiente podem sobreviver meses na água fria, através de sua espessa camada.



 Vetor
É direta, não envolvendo um vetor, apenas o contato com algo infectado.

Transmissão
São transmitidos pela ingestão dos cistos oriundos das fezes de indivíduo contaminado, podendo estar presentes na água, alimento, nas mãos, e até mesmo durante sexo oral-anal. Moscas e baratas também podem transportá-los. No estômago, dão origem aos trofozoítos. Esses colonizam o intestino delgado, se reproduzem e seus descendentes, após sofrerem processo de encistamento, são liberados para o exterior do hospedeiro, quando este defecar. O período de incubação é entre uma e quatro semanas e a infecção pode ser assintomática.


  Patologia
A giardíase é geralmente assintomática, mas casos graves podem ser observados em pessoas sem imunidade ou imunodeficientes. As formas sintomáticas, que cursam com diarréia aguda ou formas crônicas de diarréia e má-absorção intestinal, predominam entre os menores de cinco anos e declinam muito após a adolescência. Considera-se também maior suscetibilidade aos pacientes com hipogamaglobulinemia e deficiência de IgA.A infecção pode ser controlada, segundo alguns autores, pela produção de anticorpos IgM, IgG e IgA específicos, a qual se encontra aumentada durante a fase de eliminação do parasito.As principais lesões anatomopatológicas que podem ser encontradas são: atrofia das vilosidades e dos microvilos (com consequente redução da área de absorção da mucosa intestinal), infiltrado inflamatório e aumento da secreção de muco. Acredita-se na existência de uma toxina produzida pelas giárdias, que seja responsável pela patogenia, mas também considera-se a possibilidade de os sintomas serem atribuídos a um prejuízo na absorção de gorduras pela mucosa intestinal, o que levaria a um aumento no teor de gordura que permanece na luz intestinal, levando a uma síndrome diarréica persistente.

 Epidemiologia
A giardia é um parasita cosmopolita e o mais frequente dos flagelos parasitas do intestino do homem e também de algumas especies de animais como cães, cavalos,cabras, coelhos, cobaias e algumas aves.

 Diagnóstico
É feito via exame de fezes ou, em casos raros, biópsia de material duodenal.


   Tratamento
Pode ser feito com uso de fármacos receitados pelo médico. Adultos que têm contato mais próximo com crianças e pessoas que trabalham no setor alimentício devem se afastar de suas funções até a cura total. 

 Profilaxia
Basicamente, para se evitar a giardíase deve-se tomar as mesmas medidas profiláticas usadas contra a amebíase, já que as formas de contaminação são praticamente as mesmas. Portanto deve-se:
- Só ingerir alimentos bem lavados e/ou cozidos;
- Lavar as mãos antes das refeições e após o uso de sanitários;
- Construção de fossas e redes de esgotos;
- Só beber água filtrada e/ou fervida;
- Tratar as pessoas doentes.






AMEBÍASE


     Classificação
As amebas que se encontram frequentemente nos exames de fezes humanas são protozoários da ordem Amoebida. Muitas pertencem à família Endamoebidae e uma delas (Entamoebahistolytica) é responsável pela amebíase. Outros parasitas do homem, mas não patogênicos, são: Entamoebadispar, E. hartmanni, E. gingivalis, E. coli, Endolimax nana e Iodamoebabütschlii. Descrito abaixo se tem a classificação taxonômica das principais espécies dentro dos gêneros mais relevantes da família Endamoebidae.
Reino Protista, Sub-reino Protozoa, Filo Sarcomastigophora, Subfilo Sarcodina, Superclasse Rhizopoda, Classe Lobosea, Subclasse Gymnamoebia, Ordem Amoebida, Subordem Tubulina, Família Entamoebidae, Gêneros: Entamoeba (E. coli, E. gingivalis, E. díspar, E. hartmanni, E. histolytica), Endolimax (E. nana), Iodamoeba (I. butschulii).


Protozoário
Causada pelo protozoário entamoeba histolytica.



Ciclo evolutivo

Seu ciclo evolutivo é monóxeno, ou seja, a Entamoeba histolytica completa seu ciclo em apenas um hospedeiro, e o modo de infecção é fecal-oral, ou seja, o homem se infecta ao ingerir cistos presentes na água ou nos alimentos contaminados. O desencistamento ocorre na porção final do intestino delgado, liberando os trofozoítos que passam a viver como comensais e a reproduzir-se por divisão binária. Através de mecanismos ainda desconhecidos, mas possivelmente relacionados com a ruptura do equilíbrio intestinal (baixa de imunidade local, alteração da flora intestinal, lesões de mucosa, etc.), os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede intestinal, alimentando-se de células da mucosa e de hemácias. Em casos de infecção crônica podem invadir outros órgãos através da circulação sangüínea, especialmente ao fígado. Os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal reduzem o seu metabolismo, armazenam reservas energéticas e secretam uma parede cística ao seu redor, formando os cistos, que são eliminados através das fezes. Dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando quatro novos indivíduos que desencistam quando chegam ao intestino de um novo hospedeiro. Os cistos podem permanecer viáveis fora do hospedeiro por cerca de 20 dias, caso as condições de temperatura e umidade não sejam adequadas, logo eles são as formas de resistência do parasito no ambiente. Os trofozoítos, entretanto, são lábeis no ambiente.



  Vetor
Na amebíase não existe vetor, pois vetor é o nome dado a um ser vivo que é capaz de transmitir um agente infeccioso(vírus, bactérias...). Nesse caso não haveria, pois a amebíase é contraída com o contato direto com água e alimentos contaminados.

    Transmissão
- Alimentos e água infectados- Contatos sexuais anal-oral.





 Patologia

E. histolyticaè complexo composto de várias linhagens:
A) Algumas vivem como comensais – luz do intestino – assintomáticas – AMEBÍASE INTESTINAL NÃO INVASIVA;
B)Outras virulentas ou patogênicas responsáveis por quadros clínicos da doença – AMEBÍASE INTESTINAL INVASIVA.

 Epidemiologia
Estima-se que mais de 10% da população mundial está infectada por E. dispar e E. histolytica, que são espécies morfologicamente idênticas, mas só a última é patogênica, sendo a ocorrência estimada em 50 milhões de casos invasivos/ano. Em países em desenvolvimento, a prevalência da infecção é alta, sendo que 90% dos infectados podem eliminar o parasito durante 12 meses. Infecções são transmitidas por cistos através da via fecal-oral. Os cistos, no interior do hospedeiro humano, se transformam em trofozoítos. A transmissão é mantida pela eliminação de cistos no ambiente, que podem contaminar a água e alimentos. Sua ocorrência está associada com condições inadequadas de saneamento básico e determinadas práticas sexuais.

 Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito através de exame de fezes, de sangue ou através de ultra sonografia e  tomografia computadorizada.

   Tratamento
Formas intestinais: Secnidazol – Adultos – 2g, em dose única. Crianças – 30mg/kg/dia, VO, não ultrapassando máximo de 2g/dia. Deve ser evitado no 1º trimestre da gravidez e durante amamentação. 2º opção – Metronidazol, 500mg, 3 vezes/dia, durante 5 dias, para adultos. Para crianças, recomenda-se 35mg/kg/dia, divididas em 3 tomadas, durante 5 dias. Formas graves: (Amebíase intestinal sintomática ou Amebíase extra-intestinal) - Metronidazol, 750mg, VO, 3 vezes/dia, durante 10 dias. Em crianças, recomenda-se 50mg/kg/dia, durante 10 dias. 3ª opção – Tinidazol, 2g, VO, para adultos, após uma das refeições, durante 2 dias, para formas intestinais.



 Profilaxia
Sempre lavar bem as mãos após os alimentos antes de comer e após usar o banheiro, beber água de boa procedência (ou ferver), políticas públicas de saneamento básico. Só ingerir alimentos bem lavados e/ou cozidos; construção de fossas e redes de esgoto; tratar as pessoas doentes.